quarta-feira, 22 de julho de 2009

Bulldog Francês




Bulldog Francês




Bulldog Francês é um cão de companhia de pequeno porte. Seu nome indica que a França é seu país de origem, mas os Americanos e os Britânicos podem ter tido papéis mais decisivos em seu desenvolvimento. Os buldogues franceses também são conhecidos em países estrangeiros como frenchies. O primeiro padrão da raça foi redigido em 1898, de lá até hoje tem sofrido alterações, para chegarmos até a ultima atualização, datada de 06 de Abril de 1998.

História

O Bulldog Francês guarda certa relação com os antigos bulldogs do século XIX, apesar de ser menos pesado tem as patas mais encurvadas e rugas. A cabeça é grande e quadrada. O focinho é curto e largo. Possui um pequeno rabo. Ao longo do século XIX o Bulldog era popular nos ringues de luta em todo o mundo inclusive na França. Foi lá que surgiu a nova raça de Bulldog, mas que a princípio não convenceu os ingleses. Os primeiros exemplares franceses chegaram a Inglaterra em 1893, porém não deu continuidade a raça - talvez pela histórica rinha entre ingleses e franceses.
Quando se fundou o clube da raça na Inglaterra em 1902, havia poucos exemplares. No entanto logo se valorizou a raça que hoje é muito difundida e popular.
O Bulldog Francês é obediente e gosta de agradar seu dono. É musculoso, ativo e de olhar atraente.

Características

O Bulldog Francês é um cão compacto e musculoso, podendo pesar de 8 a 14kg; de pelagem curta, focinho recuado e estrutura sólida. Sua aparência física é caracterizada principalmente por suas obrigatórias "orelhas de morcego", que são largas na base e arredondadas na ponta, voltadas para frente e eretas. Sua cauda é naturalmente curta e nenhuma cirurgia estética é necessária.
Utilizado para companhia por milhares de pessoas no mundo, essa raça tem se popularizado muito nos últimos anos. De acordo com a FCI, representada no Brasil pela Confederação Brasileira de Cinofilia, o Bulldog Francês está inserido no grupo 9, o grupo dos cães de companhia, onde também se encontram raças como: pug, shih tzu, poodle, maltês, lhasa apso, dentre outras.

Cores e Pelagem

A classificação das cores de Buldogues Franceses é objeto de estudo e de muitos debates de vários criadores no Brasil e no mundo. Infelizmente, o Padrão da Raça não é muito específico ao tratar de cores de pelagens e pode abrir margens às interpretações pessoais dos criadores.
De modo simples, as cores de pelagem de um Bulldog Francês podem ser simplesmente descritas como fulvo, com uma variedade de marcações e tons possíveis. O fulvo pode variar de tom desde o vermelho vivo e intenso ao café-com-leite e o dourado claro quase creme. As outras diferenças são devidas a variações de marcações, que variam desde o tigrado (listras negras em grau variável de repetição e grossura, que preenchem o fundo fulvo), até o pied (várias marcações tigradas com fulvo em um fundo branco) e o fulvo com máscara negra (fulvo, em suas tonalidades diferentes, com uma máscara negra clássica em sua face e, às vezes em algumas linhagens, em seu dorso também). São infinitas variações de tipos de marcação, de padrão, tamanho e localização nesses parâmetros.
Algumas cores como o azul, o cinza, o preto com marrom, o marrom e o fígado, não são reconhecidas pelo Padrão da Raça e são motivos de desclassificação em exposições de estrutura e beleza. Pequenas pintas escuras em cães pied são chamadas de ticking e não são almejadas. Não há uma tradução adequada para a palavra "pied" em português. Os exemplares completamente brancos sem marcações são classificados dentro dos "pieds" para fins de exposições caninas; mas seus cílios e contorno dos olhos devem ser pretos assim como os dos outros Bulldogs Franceses.

Temperamento

O temperamento do Bulldog Francês também confere um tom especial à raça, são cães normalmente alegres, calmos, companheiros, brincalhões e muito inteligentes. Como todas as raças de companhia, eles necessitam, acima de tudo, de contato constante com humanos. Suas necessidades de exercícios são mínimas e variam de cão para cão. Sua natureza calma os torna grandes escolhas para aqueles que vivem em apartamento, assim como sua falta de interesse em latir.
Sendo uma raça de cara achatada, é essencial que seus futuros donos entendam que Buldogues Franceses não devem viver fora de casa. Seu sistema de respiração comprometivo não os permitem regular suas temperaturas eficientemente. Além do mais, os Bulldogs Franceses são bem pesados e podem ter dificuldade em nadar. Sempre cuidado quando exercitar seu Bulldog Francês no calor.
O nível de energia de um Buldogue Francês pode variar de hiperativo e energético até a relaxado e calmo. Mas geralmente é comum que o filhote seja mais ativo até os 12 ou 18 meses, quando ele se torna efetivamente um adulto e começa a acalmar.
O Bulldog Francês é uma raça essencialmente com sangue bull e sangue terrier. Portanto, não é nenhuma surpresa que os problemas podem surgir quando dois cães dessa raça se juntam, principalmente quando são do mesmo sexo. Donos que estão considerando adicionar um segundo cão à sua família são geralmente advertidos e aconselhados a escolherem cães de sexo oposto. A castração pode fazer muito a fim de ajudar a diminuir essas tendências antes mesmo delas começarem.

Saúde

Existem várias doenças congênitas às quais Buldogues Franceses estão suscetíveis. Os Bulldogs Franceses podem sofrer de Doença de von Willebrand, uma doença hemorrágica hereditária causada por uma diminuição ou uma disfunção de uma proteína, similar à hemofilia e que os impede de coagular seu sangue. Além disso, Buldogues Franceses também podem sofrer de problemas na tireóide. Alguns criadores éticos fazem exames de saúde em seus cães antes de os reproduzirem, a fim de diminuir a ocorrência de doenças genéticas na raça.
Os Buldogues Franceses também sofrem de síndrome braquicefálica, que é o que confere ao Buldogue Francês sua carinha achatada. Como resultado disso, um dos mais comuns defeitos em Buldogues Franceses é o chamado palato mole alongado. Filhotes afetados com o palato alongado geralmente são eutanasiados ao nascerem, pois esse é um problema considerado quase que impossível de se corrigir.
Bulldogs Franceses também tem uma tendência a terem problemas oculares. É comum acontecer o prolapso da terceira pálpebra, apesar de ser mais comum em Bulldogs Ingleses. Glaucoma, úlceras da córnea e catarata juvenil são outras condições que podem atingir os Buldogues Franceses.
A raça também pode sofrer de uma condição conhecida como megaesôfago, um termo que descreve coletivamente muitos problemas do esôfago e malformações. Um dos piores casos de megaesôfago é a regurgitação passiva, que ocorre quando o cão afetado vomita após comer ou se exercitar. Uma complicação frequente e por vezes letal dessa regurgitação passiva é pneumonia aspiratória.
Outro resultado de suas vias respiratórias compactas é sua inabilidade de regular efetivamente sua temperatura. Enquanto um cão normal pode sofrer com o calor até um certo grau, para um Buldogue Francês isso pode ser letal. É imperativo que eles sejam protegidos de temperaturas extremas por todas as horas, e que eles tenham sempre acesso à água fresca e sombra.
Buldogues Franceses também podem sofrer de vários problemas de espinha/costas. A maioria deles está provavelmente relacionada ao fato de serem uma raça seletamente escolhida de exemplos anões de raças de Bulldog. Essa condição também é conhecida como condrodisplasia.
Doenças de tireóide também podem ser responsáveis por alguns problemas de pele que afetam alguns Buldogues Franceses. Alergias, cistos interdigitais e lambimento obsessivo de patas podem também afetar a raça. No Brasil, um dos maiores problemas é a Sarna Demodécica, que tem cunho genético.
É importante ressaltar que criadores éticos sempre fazem exames de saúde em seus cães antes de os reproduzirem, além de oferecerem extensas garantias de saúde de seus cães. Cães com problemas genéticos citados neste artigo ou não, não devem ser reproduzidos.
Bulldogs Franceses frequentemente requerem parto cesárea para dar a luz à seus filhotes, assim como muitos machos não são capazes de realizarem uma monta natural, sendo necessária uma ou várias inseminações artificiais. As fêmeas da raça também podem sofrer do chamado 'cio seco', que pode ser um efeito colateral de uma doença de tireóide ou alguma função da tireóide que está debilitada.
Em 1885, iniciou-se o processo de registro da raça.
No Brasil ainda é uma raça muito rara, mas que a cada ano conquista novos adeptos e apreciadores.
Nos EUA foi introduzido em meados de 1896, onde participou como estreante na exposição do Westminster Kennel Club em Nova York.
O primeiro padrão oficial da raça com determinação das orelhas de morcego, peso e tamanho foi sistematizado pelo French Bull Dog Club Of América, sendo este o primeiro clube oficial da raça.

Outros


Outros nomes: Bouledogue Français
País de origem: França
Padrão FCI
Grupo: 9
Seção: 11

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